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22 de novembro de 2012

Os Macacos e a Escada.


Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio da jaula puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando algum macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.

Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.

A primeira coisa que o macaco novato fez foi subir a escada, de onde foi rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.

Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.

Um terceiro macaco foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
"Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...”.

Recado do Prof. Gretz: Também os seres humanos freqüentemente agem como os macacos dessa história, fazendo coisas sem refletir por que razão, ou com que objetivo, estão fazendo aquilo. As pessoas agem às vezes movidas somente por costumes arraigados, ou por instintos, e dessa forma não exercem o mais precioso atributo de Deus para a raça humana: a inteligência.

É importante estarmos sempre refletindo, questionando, compreendendo e aprendendo mais sobre a vida. Como disse Albert Einstein: "Tristes tempos estes: é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito".
Prof. Gretz

23 de agosto de 2012

REP - Registrador Eletrônico de Ponto ( portaria MTE 1.510/09)


Conversando sobre o REP …
(REP = Ponto Eletrônico do MTE, que surgiu pela Portaria 1510)
-Oi amigo! Tudo bem?
-Oi, tudo ok. Quero te contar uma coisa:
Você sabia ???
Que a portaria 1.510 do MTE surgiu há 3 anos e a idéia inicial era que estivesse em pleno vigor em 2010?
Mas, por problemas diversos foi adiada 5 vezes!
-Sabia sim, mas por que foi tantas vezes adiada?
-Porque o Ministério fez a regulamentação e passou a exigir um novo Relógio de Ponto com Impressora, mas que fosse Certificado conforme as novas regras.
Ocorre que existiram muitos erros técnicos na criação destas regras.
O resultado é que os tais equipamentos não conseguiram atender ao que está escrito na Portaria 1.510 até hoje.
Acredita ???
-Mas eles não foram certificados?
-Verdade!
O problema é que não existem normas técnicas. Aconteceu que, a portaria quis ser a norma legal e a norma técnica ao mesmo tempo.
E hoje, passados 3 anos, já ficou claro que as certificações não foram feitas dentro dos padrões técnicos habituais.
Afinal, tudo foi feito sem normas técnicas….
-Não foi o Inmetro que certificou os REP?
-Não!!!
O Inmetro nem dava notícias disto até pouco tempo atrás!
Bom… após tanta confusão, o Ministério fez agora há pouco um convênio com o Inmetro.
-Certo… E agora? Os REP já estão sendo certificados pelo Inmetro?
-Esta é outra história!
Primeiramente, saiba que o papel do Inmetro não é certificar.
O Inmetro ainda hoje (ago/12) está criando as regras para se fazer corretamente novos Relógios REP.
-Você falou “novos REP”. Por que?
-Porque o Inmetro, como disse, está fazendo as regras de certificação somente agora. E pretende que a partir de dezembro de 2013 sejam comercializados somente os “novos REP”, surgidos desta nova regra.
-Curioso, pois eu vi que no Site do MTE existem 172 tipos diferentes de REP certificados. O que vai acontecer com eles então?
-Estes 172 modelos de REP “certificados”, na verdade não conseguiram cumprir as determinações impostas pela Portaria 1510; e, ao que tudo indica, não atenderão também às novas regras que o Inmetro está redigindo somente agora.
De antemão, o Inmetro já avisou que todos terão suas certificações canceladas em dezembro de 2013.
-Mas e os REP que hoje são vendidos, estão corretos?
-Infelizmente não!
Estes 172 modelos estão todos em desacordo com a Portaria 1.510.
Por isto mesmo é que o Inmetro foi chamado para “corrigir” o problema, entendeu agora?
-Mais ou menos… Quem comprar estes REP hoje corre algum risco?
-Acredito que sim!
Imagino que a empresa que decide comprar um Relógio de ponto confia que o produto irá trazer traquilidade; segurança jurídica com relação à fiscalização, e também com a Justiça do Trabalho, não é mesmo?
Daí, comprar um REP hoje sabendo destes problemas todos, deve trazer algum risco, concorda?
Além da insegurança de usar o produto, tem ainda a insegurança de comprar e perder o investimento logo adiante:
Se existirá uma nova geração de REPs Inmetro a partir de dez/2013… o que será feito dos que estão sendo comprados hoje?
-Está dizendo que quem comprar um REP hoje poderá ter que comprar de novo em dezembro de 2013??
-Esta pergunta é interessante!
Não creio que o Ministério obrigue a fazer a nova troca.
Mas… voltando à questão do objetivo de se comprar um Relógio de Ponto… que segurança jurídica terá aquela empresa que permanecer usando tais equipamentos?
Olha só o tamanho da encrenca!
-Puxa, nem imaginava isto! Agora me diga: Tenho uma pequena empresa, e um vendedor foi lá outro dia e disse que eu deveria comprar imediatamente para não ser multado. Isto é verdade?
-Há um certo terrorismo nisto…
Para Micro e pequenas empresas a exigência do REP deve entrar em vigor em 03/09.
Mas atenção!! O MTE diz que não haverá multas por 90 dias (até 02/dezembro/12).
Então há tempo para pensar bem… aproveite estes dias para estudar com detalhes o que fazer.
E… quem sabe não acontece um novo adiamento??
-Puxa… seria o mínimo! Afinal, com todos estes problemas como pode ainda ser obrigatório?
-Até neste ponto a questão é complexa. Não existe obrigatoriedade, porque as empresas com menos de 10 funcionários não precisam sequer controlar o ponto.
E as empresas acima de 10 empregados podem adotar ponto manual ou mecânico.
-Mas estes são antigos demais e não vão servir para minha empresa! E se eu já tiver um controle eletrônico?
-A portaria 1510 diz que quem usar registro eletrônico será obrigada a usar o REP. E é somente nesta condição que há “obrigadoriedade”.
Mas é importante você saber que há exceções!
-Diga logo quais são estas exceções então, amigo!
-Calma! Já ia dizer…
O que ocorre, é que nem os Sindicatos dos Empregados apoiaram a ideia do REP. E em 2011 houve um acerto entre o MTE e as Centrais Sindicais, para permitir que a empresa pudesse fazer um acordo sindical, e ficar isenta da 1.510. Esta exceção foi publicada na Portaria 373/11 do MTE.
-Então entendi bem? Não preciso comprar o REP e nem emitir o ticket se fizer acordo com o meu sindicato?
-Isto mesmo!
Para isto, vá ao seu sindicato e protocole um pedido de Isenção da Portaria 1.510, conforme previsto na Portaria 373/11 MTE.
Já existem alguns sindicatos que incluíram a isenção até mesmo na Convenção Coletiva de Trabalho, facilitando a vida de muitas empresas.
-Esta seria a melhor solução que as empresas têm neste momento. Estou analisando corretamente?
-Neste momento, é o remédio que existe sim, já que as condições não favorecem adquirir os produtos mediante tanta controvérsia.
Mas vou ainda lembrar que existem Projetos de Lei na Câmara e no Senado que podem Sustar definitivamente a Portaria 1.510 a qualquer momento, já que estes projetos se encontram bastante adiantados.
Também podemos crer que o Ministério há de tomar alguma atitude para proteger estas empresas do grande risco que já conversamos.
-Também acho!
Amigo, como você fica sabendo de todas estas coisas?
-Na verdade todas estas informações se encontram nas legislações e nas publicações do MTE, Inmetro, Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Foram feitas muitas audiências públicas no Legislativo, e isto trouxe a discussão a público.
Também existem alguns documentos e sites disponíveis na Internet que possuem discussões sérias e opiniões a respeito. Vale a pena conhecer!
-Obrigado, amigo! Conversar com você me fez compreender tudo. Agora vou correr atrás do meu sindicato…
Vamos lá??
-Desculpe, mas fica para outra vez. Agora vou em busca de outros amigos para compartilhar meu conhecimento. Ah… e me faz um favor?
Passe adiante o que aprendeu comigo hoje. Existem 6 milhões de pequenas empresas precisando muito da nossa ajuda!
Boa sorte!! Até mais!

26 de julho de 2012

O que é CEO nas empresas?



A Insondável Língua do C
Que cargo você preferiria exibir no cartão de visitas: CEO ou diretor-geral?? CMO ou vice-presidente de marketing? Por alguma razão inexplicável, a simples conjunção de três letrinhas parece fazer com que a primeira opção tenha mais importância senioridade e poder do que a segunda. Depois de Chief Executive Officer, a onda de executivos-chefe-de-não-sei-o-que vem se espalhando numa velocidade espantosa nos organogramas.
O resultado é muita gente perdida, sem entender o que esses profissionais fazem.
Para dar nome aos bois, ou melhor, aos cargos elaboramos uma relação dos principais chiefs que estão por ai .
E levantamos possíveis explicações para a existência deles:

    1. estratégia – o profissional recebe o nome de principal executivo de alguma coisa – logística, por exemplo – para indicar tanto internamente quanto para o mercado que se trata de uma área absolutamente estratégica para a empresa. "Normalmente quem é chief sendo no conselho e tem peso de voto igual ao do CEO".
    2. Globalização – ter um cargo que faz parte da terminologia corporativa mundial pode facilitar a comunicação entre empresa e profissionais.
    3. Sim, status. Há donos de pequenas empresas se intitulando chief executive officers. Ou diretores de finanças que depois de colocar CFO no cartão, acreditam dar uma roupagem toda nova ao charmoso carde de.......diretor financeiro.
CEO – Chief Executive Officer
Facilmente identificado, é o cara que manda em todo mundo – menos no chairmam (ou presidente do conselho) a menos que ele seja poderosíssimo e acumule as duas funções.
Pode ser chamado de principal executivo, presidente, superintendente, diretor-geral... As pessoas costumam fazer confusão quando a empresa tem os dois, CEO e presidente. Nesse caso a função do segundo é mais representativa.
COO – Chief Operating OfficerSeu nome é executivo-chefe de operações, mas você pode chamá-lo de braço direito do CEO. Enquanto o chefe pensa a estratégia, o COO cuida mais de perto da rotina do negócio.
CFO – Chief Financial OfficerPrincipal executivo de finanças
CHRO – Chief Human Resources OfficerPrincipal executivo de recursos humanos
CIO – Chief Information OfficerEra mais fácil identificá-lo quando ele era o único executivo responsável pelo planejamento e pela implementação da tecnologia no pedaço. Mas aí surgiu .....
CTO – Chief Technology officer.......e hoje há muita confusão. Em linhas gerais, o CIO cuida da estratégia por trás da tecnologia – como ele pode mudar a forma como a empresa faz negócios, enquanto o CTO comanda a arquitetura e a infra-estrutura dos sistemas. Há empresas com os dois profissionais.
CKO – Chief Knowledge officerTambém chamado de chief learning officer (CLO), é quem administra o capital intelectual da empresa, reúne e gerencia todo o conhecimento da organização. Entende tanto de tecnologia e processos quanto de pessoas. É um sujeito-chave, por exemplo, nas consultorias.
CRO – Chief Risk OfficerO cargo surgiu quando empresas de todas as áreas, e não somente bancos passaram a se preocupar com a administração de riscos. Além de questões financeiras, o CRO avalia itens como estratégia do negócio, concorrência, legislação e problemas ambientais.
CMO – Chief Marketing Officer
Executivo-chefe de marketing certo? Na subsidiaria brasileira do BankBoston não é tão simples assim. Lá ele cuida também de novos negócios e Intenet.
CIO – Chief Imagination OfficerA fabricante de computadores americana Gateway tem um executivo-chefe de imaginação, responsável por promover a criatividade entre o pessoal.

retirado do site: http://www.guiarh.com.br/ceo.html GUIA RH

24 de julho de 2012

Voto Distrital


Atualmente, há um movimento civil apoiado por diversos setores da sociedade e meios de comunicação que defende o Voto Distrital como uma medida para incentivar e aperfeiçoar a participação política no país. Mas o que é e como funciona esse sistema eleitoral?
O voto distrital é sinônimo de sistema eleitoral de maioria simples. Esse é um sistema em que cada membro do parlamento é eleito individualmente nos limites geográficos de um distrito pela maioria dos votos. Para tanto, o país é dividido em determinado número de distritos eleitorais, normalmente com população semelhante entre si, cada qual elegendo um dos políticos que comporão o parlamento.
De acordo com alguns movimentos pró-sistema voto distrital, o sistema atual no Brasil provoca o distanciamento entre o candidato e os cidadãos, faz com que o representante do povo (vereador, deputado, senador) fique fora do alcance da cobrança dos eleitores, por falta de uma base territorial de eleitores mais definida, o Distrito Eleitoral. Propõem, portanto, voto distrital, não obrigatório e em dois turnos em todos os níveis, desde Municipal, Estadual e Federal, dando origem ao verdadeiro estado democrático, onde os cidadãos têmigualdade de valor do voto (*), poder sobre os seus representantes, controle efetivo da autoridade e não o contrário.
O voto distrital pode ser realizado por diversos sistemas de votação; os mais comuns são por maioria simples (caso dos Estados Unidos e Reino Unido) e por maioria absoluta (caso da França), no qual a votação pode ser feita em dois turnos. A vantagem desse sistema é que cada parlamentar representa um conjunto fixo de cidadãos encoraja uma conexão forte entre o deputado e quem o deputa. Esse sistema fortalece o accountability, ou seja, a responsabilização e a prestação de contas do representante.  Se o parlamentar em exercício tiver atuação incompetente ou antiética, na próxima eleição o eleitor insatisfeito tem um candidato de oposição em quem votar. Outra característica considerada vantajosa é cada deputado ter de ser votado por uma maioria dos eleitores; dessa forma o sistema favorece candidatos que defendam interesses gerais da população, enquanto desfavorece o extremismo ideológico, que dificilmente obtém apoio majoritário.
O sistema eleitoral proporcional, pela própria natureza complexa da sua distribuição de votos (privilegiando a formação de bases partidárias em detrimento da contagem absoluta de votos pessoais), tende a dificultar o acompanhamento do resultado das eleições. Desta maneira, os eleitores raramente sabem efetivamente para quais candidatos o seu voto é computado e quem foram os eleitos. Em pesquisa sobre o comportamento eleitoral dos brasileiros revelou-se que 71% dos eleitores esqueceram em quemvotaram para deputado federal quatro anos antes e outros 3% citam nomes inexistentes.
Com a campanha concentrada apenas em um distrito, todo custo da campanha diminui. Campanhas mais baratas abrem espaço para candidatos com menos recursos financeiros, porém uma das fontes de críticas a esse sistema é o possível favorecimento dos interesses locais, Candidatos e partidos que representem interesses locais ou regionais são favorecidos pelo voto distrital, podendo se sentir estimulados a atuar em defesa apenas da localidade que os elegeu e da qual dependem para se reeleger, deixando em segundo plano questões nacionais, que transcendem os interesses locais. 

 

(*) Igualdade do valor de voto significa a mesma representatividade no poder, ou seja, o Congresso Nacional deveria ter um número de deputados proporcional ao número de eleitores de cada Estado (e não o que ocorre hoje, onde certos estados do Norte, 30.000 pessoas conseguem eleger um deputado federal, enquanto que em São Paulo, são necessários 300.000 eleitores, ou seja, o voto de um cidadão paulista ou carioca vale um décimo do voto de um cidadão de algumas outras regiões do Brasil).

 

Fonte: (Com adaptações)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Voto_distrital

http://www.votodistrital.com.br/principal2.htm





14 de março de 2012

DESPRESTÍGIO NAS ATRAÇÕES DA TV


É com um certo desprazer que eu escrevo sobre algumas programações televisivas, sobre a decadência daquilo que poderia ser melhor utilizado para o bem intelectual da humanidade, mas não, “eles” só pensam em lucrar e os valores que se danem. A TV é do tipo de invenção que merecia ser melhor usada, mas o que se vê é um desuso, um desprestígio a serviço do declínio do nosso crescimento em informação e cultura.


Alguns canais de televisão se apegaram a produzir e transmitir certos tipos de programas, tal como BBB, do tipo Reality Show, que na opinião do ator e diretor José Wilker, “são novelas muito mal escritas que prestam um desserviço monumental à nossa formação cultural”, mas a pergunta é: Por que há tantas pessoas que perdem tempo dando ibope a esses tipos de programas? É falta de opção? Talvez não.

Compartilho da mesma opinião do ator e redator Pedro Cardoso em uma entrevista sobre programas desse gênero, “É o alastramento de uma pornografia disfarçada, principalmente nos programas do gênero Reality show e novelas das nove”, mas ouvi certo dia o seguinte comentário “se for para assistir Big Brother, prefiro um filme pornô”.

13 de março de 2012

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO


E o que é assédio moral no trabalho?


É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e sem simetrias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.

Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, perdendo sua autoestima.

O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do novo trabalhador: autônomo, flexível, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar apto significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso.

A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a MORTE, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.

Estratégias do agressor

· Escolher a vítima e isolar do grupo. · Impedir de se expressar e não explicar o porquê. · Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos pares. · Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar. · Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho. · Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool. · Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, frequentemente, por insubordinação. · Impor ao coletivo sua autoridade para aumentar a produtividade.

As manifestações do assédio segundo o sexo:

Com as mulheres: os controles são diversificados e visam intimidar, submeter, proibir a fala, interditar a fisiologia, controlando tempo e frequência de permanência nos banheiros. Relaciona atestados médicos e faltas a suspensão de cestas básicas ou promoções.

Com os homens: atingem a virilidade, preferencialmente.

I M P O R T A N T E

Se você é testemunha de cena(s) de humilhação no trabalho supere seu medo, seja solidário com seu colega. Você poderá ser "a próxima vítima" e nesta hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!

L E M B R E - S E

O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas constrangedoras, explicitando o estrago de determinar as condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade, a identidade, o respeito no trabalho e a autoestima, deve passar pela organização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato e das CIPAS e procura dos Centros de Referência em Saúde dos Trabalhadores (CRST e CEREST), Comissão de Direitos Humanos e dos Núcleos de Promoção de Igualdade e Oportunidades e de Combate a Discriminação, em matéria de Emprego e Profissão, que existem nas Delegacias Regionais do Trabalho.

O BASTA À HUMILHAÇÃO depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja "vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito “ao outro como legítimo outro”, no incentivo a criatividade, na cooperação.

O combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho, exige a formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde, sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e violências e que seja sinônimo de cidadania.

Fonte: Guia Trabalhista

29 de fevereiro de 2012

Recrutamento e Seleção também estão nas Redes Sociais

Quando a Internet chegou, a rede tornou-se um meio preferencial não só para informações e pesquisas, mas também para a busca do sonhado emprego. Através dela, os profissionais e aspirantes a empregados passaram a pesquisar empresas, a encontrar novos contatos e a testar formas cada vez mais personalizadas de abordar possíveis empregadores.
Com as redes sociais, surgiu uma maneira ainda mais fácil de relacionar, descobrir vagas e conquistar contatos mais profundos nas empresas. As empresas e as agências já começam a encarar as redes sociais como poderosas ferramentas de recrutamento e seleção de profissionais.
No entanto, antes de conceber uma estratégia própria para o uso dessas redes, é necessário separar o trigo do joio. As redes sociais dividem-se por tipo e foco. Mas a atitude e o comportamento de cada indivíduo [tentando manter uma boa imagem online perante os empregadores] devem permear todos os meios.
Na busca de informações, as redes também oferecem uma grande ajuda, mas, de novo, é preciso ter cuidado. “Na maioria das vezes, elas não estão atualizadas. Por isso, as empresas ainda encaram o currículo como ferramenta principal”. Do lado do utilizador, no entanto, a manutenção de perfis atualizados pode ajudar potenciais funcionários que apostam nas ferramentas para agilizar os recrutamentos.
Além de realizar um planejamento e de incluir as redes sociais como estratégia para melhorar a posição na carreira, é recomendável respeitar as regras de ouro de manutenção da imagem online, como evitar abordar temas polémicos e envolver-se em discussões que possam afetar a imagem do profissional ou enfrentar valores de empresas.
Conselhos para garantir uma boa imagem nas redes sociais:

Linkedin
É a única das grandes redes sociais voltada para o uso profissional. É uma ferramenta muito valorizada pelos técnicos de recursos humanos, além de permitir ao utilizador manter atualizado o networking virtual.

Como usar: deve ser atualizada com todas as informações profissionais possíveis, realizações relevantes e resultados alcançados, dando uma dimensão exata da experiência do candidato a emprego. Pode ser usada também como uma forma de pesquisar contatos, além de demonstrar que possui uma rede de pessoas ampla e abrangente, coerente com o próprio perfil profissional.

Visão corporativa: as empresas que pesquisam as redes sociais, profundamente costumam avaliar em quais discussões o profissional se envolve e a qualidade da sua participação, de preferência em temas relevantes à vaga para a qual ele está se candidatando. Por isso, é importante manter uma atividade constante na rede, discutindo aspectos importantes do mercado em que atua.

Cuidados: muitos profissionais acham importante obter recomendações pessoais num campo do LinkedIn destinado a isso, mas os recrutadores não lhe dão tanta importância, por saberem que, em geral, ele está “viciado”, recheado de opiniões de pessoas que, na verdade, desenvolveram relações de amizade com o candidato nas empresas nas quais estiveram juntos.
Um aspecto fundamental do LinkedIn é manter toda a descrição do profissional no site coerente com o currículo que envia para as empresas. Se houver divergências ou inconsistências, principalmente com cargos e atividades descritas, o perfil pode gerar eliminações em vez de ajudar na colocação profissional. Por fim, nas discussões sobre passagens por outras empresas, é necessário ter o maior cuidado para não revelar informações sensíveis ou confidenciais de outras empresas. Isso vai gerar falta de confiança.

Twitter
Misto de rede profissional e pessoal. Permite ao profissional partilhar dicas do seu dia-a-dia e de conteúdos que julga interessante, além de informar sobre a sua presença online com links para as suas atividades. Serve também para contatos rápidos, incluindo eventuais oportunidades de emprego.

Como usar: apesar de menos importante que o LinkedIn, o profissional que julgar a ferramenta como essencial para as suas pretensões pode apostar num cliente para o Twitter, no qual poderá registar pesquisas, fazer listas com os geradores de conteúdo mais interessantes e com perfis que divulgam oportunidades, procurando o máximo aproveitamento do seu potencial.

Visão corporativa: a empresa só levará em conta o Twitter do profissional no seu processo de seleção se isso fizer parte da sua estratégia de recrutamento. Caso isso ocorra, terá em conta o número de seguidores, a rede que o profissional conseguiu criar, a qualidade e a relevância do conteúdo postado e a clareza com a qual as ideias são expostas.

Cuidados: o Twitter é um meio muito rápido para expressar e exibir opiniões.
E é por isso que ele é responsável por algumas das maiores gafes de empresas e profissionais, não são raros os casos de demissões que ocorreram por conta de frases totalmente inadequadas escritas “no calor do momento”. A recomendação mais importante é planejar um post no Twitter como se fosse enviar um e-mail, com revisão e após ter refletido sobre o seu conteúdo, principalmente quando o assunto em questão é polémico ou controverso.

Facebook
Por ser a mais pessoal das três principais redes sociais do momento, é o lugar certo para o utilizador mostrar outras faces da sua personalidade, como hobbies, gostos musicais, além de publicar atualizações de cultura geral, participar em movimentos sociais não relacionados com a atividade profissional e retomar contatos de todos os tipos.

Como usar: não há muitas regras para esta rede, mas se o objetivo for criar uma imagem profissional, vale a pena participar em páginas e comunidades que sejam relacionadas com o trabalho e integrar discussões aprofundadas sobre esses temas.

Visão corporativa: quando as empresas procuram por alguém no Facebook, geralmente estão interessadas em traços da sua personalidade e se os valores pessoais do indivíduo estão de acordo com os da empresa. Cabe a cada utilizador refletir o que vale a pena deixar como informação pública. Também vale a pena lembrar que as opções de privacidade do Facebook permitem esconder todas as informações de quem não se é amigo na rede social.

Cuidados: uma simples diretriz pode evitar muitos problemas: jamais expressar na rede social aquilo que não seria expresso ao vivo, para pessoas em carne e osso. É também de evitar participar em páginas polémicas ou que possam prejudicar a sua imagem pessoal. E, assim como no LinkedIn, é necessário tomar cuidado para não publicar informações confidenciais da empresa.

Fonte: Computerworld.com

Disponível em: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=xgqr2ptnh Artigos - RHPortal

Somos um País de corruptos

Como mostrar que todos temos uma parcela de culpa pelas mazelas da Nação e cooperamos para construir um endêmico círculo vicioso


1) O garoto Romarino da Silva espera o feirante se dis­trair para pegar uma maçã às escondidas; 2) na barraca ao lado, Jonfrésio Sebá encosta de leve o dedo na balança na hora de pesar os pepinos da freguesa Samara Fujimoto, que segue para 3) a loja da esquina, onde o comerciante Roclésio Calheiros faz promoção de CDs e DVDs piratas; 4) Samara se rende à oferta de pagar mais barato se não exigir nota fiscal; 5) Duda, filho de Samara, chega com fome da escola. Ele não sabe, mas a diretora Zenolina Maluf desviou os pães da merenda para a alimentação dos peões da fazenda do marido dela; 6) os empregados de Jovenal, marido de Zenolina, comem o pão amanhecido junto com leite com 50% de teor de água, graças à manobra malandra do vendedor Simplório de Al­meida no córrego contíguo; 7) ao levar sua caminhonete na oficina, Simplório desembolsa 20 reais ao mecânico José Furtado por um alinhamento que não precisaria fazer; 8) Fernanda, a mulher de Odilamar, fica grávida após tomar anticoncepcional de farinha da marca Esterilol; 9) Odilamar toma oito chopes para esquecer o drama, mas o garçom Machado Neto aproveita-se do estado de torpor do cliente e lhe cobra dez.

10) Diretores da Em­bri­a­ga­tion, cervejaria fabricante do chope, armam esquema de clonagem de placas de seus caminhões, para enganar o Fisco; 11) os caminhões são abastecidos no Posto Fraude de Ouro, com bombas de diesel adulteradas; 12) sem autorização do dono, Ney Sá, funcionário do posto, faz longas ligações interurbanas para bater papo com a namorada Genoilda Anésia; 13) com 20 anos e um corpo escultural, Genoilda muda o nome para Ingrid Cartner e larga Ezequias para se casar “por amor” com o octogenário Australoptélio Ma­rinho, um hipertenso milionário; 14) Eugenélia, neta dele, copia da internet seu trabalho de pós-graduação em Economia, por sugestão de 15) sua mãe, Suenélia, escritora que responde processo por plágio; 16) Magali Nara, empregada da casa, leva para casa meia dúzia de talheres que ela achou bonitinhos e 17) passa no supermercado All Free, onde compra duas bandejas de iogurte vencido na promoção-relâmpago; 18) ao chegar em casa, ela vê o marido José Pirrila jogando truco com os amigos. José é que não vê o amigo João das Moças roubar tentos durante a partida; 19) ao ir embora, João fica horas no ponto de ônibus, porque a Viação Ro­dolar tirou veículos da linha para aumentar seu lucro.

20) Dentro do ônibus lotado, Camilo Signólio, recém-formado em medicina, se acomoda em vaga destinada a pessoas com dificuldade de mobilidade; 21) ao chegar ao órgão público em que trabalha, duas horas atrasado, Camilo faz várias e várias ligações para seu próprio celular pula-pula, para ga­nhar créditos; 22)enquanto isso, deixa seus pacientes esperando e dá uma espiada nos melhores momentos do jogo que seu time perdeu, por causa de 23) um gol feito com a mão pelo atacante Diogo Maravilha; 24) torcedores do time vencedor comentam que gol de mão é mais bonito ainda (“é uma mãozinha de Deus pra nós”, alguns dizem); 25) jornais repercutem o lance irregular de Diogo e o repórter Bida Aranha vê um erro na matéria do colega. Antes de procurá-lo, comenta com os editores, para ganhar moral com a chefia; 26) a manchete do jornal fala em venda de lotes entre invasores de uma área em zona nobre da cidade, de propriedade do empresário Robby Al­cofri; 27) antes de sair para fechar negócios, Alcofri encomenda recibos de cirurgias dentárias que nunca fez, para garantir a restituição do Imposto de Renda e 28) o odontólogo Danúzio Soares aceita o negócio, desde que receba 10% do valor em espécie; 29) na sala ao lado do consultório, Bruno En­rolowski anexa uma foto à declaração forjada por ele próprio para obter carteira de estudante.

30) No ginásio onde vai acontecer o show em que Bruno quer estrear o documento, a organização fixa só 1 das 20 bilheterias pa­ra vender ingresso de meia-entrada; 31) A fila de estudantes é imensa. Robinildo Meirelles negocia o seu lugar nela por 5 reais; 32) Genofrésio Dias tenta repassar maço de ingressos pela metade do preço. Pena que são falsos; 33) ao passar de carro em frente ao local, Samuel Rippelo ignora a velhinha na faixa de pedestre — está atrasado para chegar ao trabalho; 34) no semáforo logo a­diante, o mendigo Zé Ninguém finge que tem uma perna manca para atiçar a compaixão dos mo­toristas; 35) o empresário Robby Alcofri aciona o vidro elétrico de seu Audi A8 para dizer ao andarilho que não tem nada para oferecer a ele e o manda trabalhar; 36) em casa, Robby Júnior, filho único do empresário, planeja como vai fazer para pegar o carro do pai às escondidas durante a viagem dele a Brasília; 37) ao lado dele, o vestibulando de medicina João Pedro Signólio conversa ao telefone com Eurípedes Furtoso, um funcionário da comissão que organiza o concurso, e consegue um exemplar antecipado das provas; 38)para tanto, ele divide a propina com seu diretor, Neltino Beringelli, que conseguiu o cargo graças à intervenção do deputado José Plenário; 39) dono de uma madeireira em área irregular, Rocleisson Nunes leva a Plenário proposta de mensalão de R$ 5 mil por mês para propor lei que amplie o desmatamento na região; 40) Plenário aceita e alicia colegas da comissão que julgará a constitucionalidade do projeto; 41)em votação apressada, deputados aprovam também a redução do repasse de verba ao programa Bar­­riga Cheia, destinado a famílias carentes.

42) Sem o dinheiro desviado do Programa Barriga Cheia e sem vaga no SUS, Maria da Silva assiste à morte do filho Romarino da Silva, vítima de desnutrição.

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* Os fatos narrados são reais e, infelizmente, corriqueiros. Qualquer semelhança de nomes de personagens com nomes de pessoas é uma triste coincidência. Ou não.
** Artigo publicado originalmente em 2005, após o mensalão. Sete anos depois, o mensalão ainda não foi julgado. E o artigo não precisou de nenhuma atualização.

OBS.:
Autor: Elder Dias
Coluna: Ponto de Partida - JORNAL OPÇÃO
BRILHANTE ABORDAGEM! SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE TRÁGICO.